domingo, 20 de setembro de 2009

Edifícios de Escritórios em São Paulo - 002

Bom, para não ficar devendo nada, aqui vai o 2º edifício do percurso pelo Centro de São Paulo. Depois do Palácio da Secretaria da Fazenda, agora temos o Edifício Central, atualmente Edifício Conde Luiz Eduardo Matarazzo. Pelo mapa podemos acompanhar o percurso e ver um pouco da história da ocupação da região, principalmente no período da verticalização na primeira metade do século XX.

Com uma implantação típica dos edifícios de escritórios da época, ocupa a totalidade da projeção do lote e no seu volume, com duas frentes - para as Ruas XV de Novembro e Boa Vista, aparecem os poços de iluminação e ventilação, próximos aos elevadores e blocos de escadas. O edifício tem um subsolo.

Abaixo a foto aérea com a localização e o nome do autor.

A seguir, foto da maquete e alguns desenhos publicados na Revista Acrópole nº 47 e nº 68.

E desenhos ...




Falando ainda da implantação, as fotos a seguir mostram a relação do edifício com a rua, absolutamente sem recuo, o que é comum para os edifícios da época nesta região conhecida como centro financeiro da capital e que hoje em dia encontra-se numa fase de transição. Uma região extremamente bem atendida por infra-estrutura de transporte, obviamente central, e que tem uma infinidade de edifícios que encontram-se subutilizados ou até mesmo abandonados. Falta aqui um ação pública integrada com a iniciativa privada para trazer vida nova ao velho centro da cidade.
Reprodução de algumas páginas da Revista Acrópole:


Nos próximos exemplos poderemos acompanhar outros exemplos da região e a evolução dos tipos de edifícios e a sua distribuição no território.

Até a próxima !

sábado, 19 de setembro de 2009

Betão na Revista Arquitetura & Construção!

Na edição deste mês da Arquitetura & Construção, o Betão apareceu para promover o simpósio "O arquiteto e a cidade contemporânea", evento que vai acontecer no dia 22 de outubro no Campus Santos Amaro do SENAC e que faz parte das atividades promovidas para lançamento do curso de Arquitetura e Urbanismo em 2010.
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Em breve postaremos por aqui mais informações sobre o evento, mas já reserve o dia na sua agenda !

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

... imagem do dia ...

Achei esta imagem por aí (na verdade, surrupiei de uma aula da Prof. Myrna) e achei bem temática ... o Martinelli ( já aproveitando para cobrar a continuidade da série "Edifícios de Escritório em São Paulo" do Betão), um Zepelim ( inspirador do nosso logo) ... Aproveito para inaugurar mais uma série de postagens - imagem do dia - pra quando o dia estiver meio embaçado, quando rolar algum "highlight" arquitetônico merecedor de um destaque rápido, etc.
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Abraço !

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Na Selva das Cidades

Convido a todos nossos leitores e amigos para assistirem ao espetáculo "Na Selva das Cidades", de Bertolt Brecht, na montagem da Cia Teatro do Incêndio, dirigida por Macelo Marcus da Fonseca e que tem no elenco, meu irmão Sergio Ricardo.
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A montagem está em cartaz no Teatro da FUNARTE, na Alameda Nothmann 1058, perto do Metrô Santa Cecília, de 11 de setembro a 11 de outubro, as sextas e sábados às 21:30hs e domingos às 20:30hs.
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Eu fui na estréia e achei muito legal (mesmo, não é corujisse de irmã não). A primeira montagem brasileira foi realizada em 1969 no Teatro Oficina, dirigida pelo Zé Celso, com cenários e figurinos da Lina Bo Bardi e a NAVE, nesta versão, teve o prazer de colaborar com a cenografia executando 2 painéis cênicos ... O que me deixou deveras orgulhosa também !
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Segue a crítica que saiu no caderno 2 do Estadão do dia 10 de setembro E por fim, um trecho do texto da jornalista Karla Lima, que ressalta a "pintura das árvores secas " que eu e Betão fizemos (eu sei que não é nada modesto, mas ficamos muito contentes em sentir que colaboramos em algo que ficou bacana, mesmo que tenha sido uma contribuição pequeninha!) :

... duas cenas são inesquecíveis, talvez não por acaso relacionadas entre si. Primeiro, a pintura das árvores secas que, pendurada na divisória, transforma o palco em paisagem sombria à beira do lago. Tão simples, tão eficaz. Segundo, o balé suicida da Mary ...
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Ah! E no folder dá pra ver bem pequeninho, no canto inferior esquerdo, o logo da NAVE junto com os demais apoiadores/parceiros ! E o loguinho da Cia fomos nós que fizemos também !
. Prestigiem ! O ingresso custa 10 reais e vale muito a pena !

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Edifícios de Escritório em São Paulo - 001

Faz tempo que estou devendo para mim mesmo uma série de postagens que eu tenho prontas e que fazem parte do material de pesquisa do meu doutorado: "Edifícios de Escritórios na Cidade de São Paulo", que defendi na FAUUSP em 2007.
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Como começamos esta história de bater perna achamos interessante mostrar também os percursos estabelecidos no trabalho para que os leitores possam eventualmente percorrê-los e assim bater um pouco de perna também (são 5 percursos desenvolvidos no trabalho e 100 edifícios comentados).
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Antes de mais nada devo salientar que a escolha dos edifícios para o trabalho foi feita a partir de um recorte, no qual foi estabelecido que os edifícios pesquisados deveriam ter material publicado em revistas de arquitetura (pois se eu partisse para fontes primárias seria praticamente impossível levantar todos os edifícios importantes no tempo que tinha disponível). Este recorte certamente deixa de fora alguns exemplos importantes, que eventualmente aparecerão por aqui com o devido esclarecimento de que não fez parte da pesquisa original.
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Por hora vamos com o que temos, sem mais delongas:

O primeiro percurso segue pelo Centro de São Paulo (com 30 edifícios). E o primeiro edifício estudado foi o do Secretaria da Fazenda, do arquiteto Ferrucio Julio Pinotti, na Avenida Rangel Pestana.
Localização/implantação (acima) e foto aérea (abaixo)

Este edifício tem uma relação de escala com seu entorno que certamente deriva sua denominação de "Palácio da Secretaria da Fazenda". Sua implantação, com um grande volume de embasamento e uma torre que se distribui em vários volumes quase que na mesma projeção da base, conferem um peso e imponência bem com cara de palácio. Como diria minha nona "mezzo faccista".


Concluido em 1941 sua planta reflete bem sua concepção estrutural distribuindo os pilares numa grelha com a divisão dos espaços por vedações em alvenaria e ainda a idéia de um corredor central com salas distribuidas em sequência.


plantas (acima) e corte (abaixo)

elevaçãoalgumas fotos da obra:

maquete

Pronto: série iniciada ! Espero conseguir postar mais alguma coisa até a semana que vem. Vamos ver .... Próximo capítulo: Edifício Central.
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Até mais!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Batendo Perna 5

Fim de semana com feriadão na segunda-feira ... sexta-feira eu e DªMaria não trabalhamos ... resultado: fomos na quinta à noite para Santos. Aí não tem jeito, tem que fazer o percurso obrigatório... Aquário, depois comprar peixe no mercado da Ponta da Praia, almoçar, muita caipirinha e depois dormir até morrer.....
No sabadão rolou um passeio cultural pelo centro de Santos e obrigatoriamente uma passada pelo Museu do Café, antiga Bolsa do Café. O prédio para mim tem um significado a mais, fora a questão histórica e todo o blablablá patrimonial. Meu avô, Almanzor de Souza Fialho, também conhecido como Zico, trabalhou neste prédio quando era jovem, aliás como vários outros parentes meus de Santos.
Como não poderiamos deixar de notar, chegando ao museu pela rua XV de Novembro, encontramos esta pérola da arquitetura dos anos 80, porque só nos anos 80 seria possível fazer uma cagada dessas!
Agora, vamos ao Museu:
Aqui a imponente entrada, de costas para o infeliz predinho amarelo....
Este aqui era famoso Jacinto (xará da minha estimada sogra), estivador símbolo da mão de obra do cais do porto que carregava 300 kilos de café nos ombros, mas só para as fotografias.
O salão do pregão e seu vitral
Um detalhe de design, só que este nada histórico e sim do café do museu (simpáticas mesinhas e cadeiras meio no espírito art deco), aliás uma ótima sugestão para tomar uns blends diferentes, comprar café torrado e moído na hora entre outras coisas ( como uma pinga de café, que eu não experimentei ainda).
Outros detalhes da fachada.


Depois do Museu fomos até a Igreja do Carmo onde fica o Convento do mesmo nome com seus mais de 400 anos.
Aliás, que estava sendo montada para um casamento.



A Igreja é muito bonita tanto por fora quanto por dentro. Depois do passeio, o inevitável almoço, mais caipirinha, mais soninho da tarde e no domingo de manhã viemos embora porque estava chovendo pra cacete.
Eu hein. Fui!
Até a próxima.