domingo, 21 de junho de 2009

NAVE no archdaily !

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Acabamos de sair publicados no archdaily, um site/blog bem bacana sobre arquitetura !
Confira no link a Residência Pacaembú , projeto do escritório concluído em 2006.

sábado, 13 de junho de 2009

Batendo Perna 4 - Vila Penteado

Lá vamos nós de novo ... agora numa tarde de sexta-feira, friozinho, tempo feio e uma aula da pós-graduação de Design de Interiores do Senac na Vila Penteado, também conhecida como FAU Maranhão. Primeiro algumas imagens históricas da casa que completou 100 anos em 2002. Projeto do arquiteto sueco Carlos Eckman, um dos melhores exemplos de art nouveau em São Paulo:

Abaixo, foto do que hoje é um grande saguão e que na época de sua construção era o hall de entrada da residência:
O monograma da família Alvares Penteado.

Nesta foto dá pra ver que o terreno ocupava um quarteirão inteiro. Depois foi sendo vendido para que se construíssem os prédios hoje existentes.


Em 1948 o edifício passa a ser ocupado pela recém criada Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, após a doação da casa e do que sobrou do terreno pela família Penteado, com a condição específica de que a edificação só poderia ser utilizada para fins educacionais.


Até 1969 o curso de graduação da FAU funcionou na Rua Maranhão, até que foi inaugurado o Edifício (hoje) Vilanova Artigas, na Cidade Universitária. Na foto acima o Prof. Luis Inácio de Anhaia Melo (diretor da escola e aquele da avenida), na sala dos espelhos, onde hoje ocorrem as bancas de mestrado e doutorado.


Em 1973 a FAU retoma as atividades na Rua Maranhão com a pós-graduação, o que permanece até hoje. A partir de 1988 começa um projeto de restauro do prédio, passando inicialmente pela solução dos problemas estruturais e de infiltrações (parece sina!) para em seguida serem feitos os trabalhos de restauro das pinturas e elementos ornamentais.



Hoje em dia o prédio tem várias partes restauradas e outras aguardando novos projetos de restauro. É bom lembrar que o restauro ocorreu parte em função de um programa da reitoria da USP para preservação dos edifícios históricos da universidade, num trabalho de atelier escola de restauro. A responsável pelo trabalho na época em que cursamos o mestrado era a Arq. Regina Tirello, que fazia doutorado na FAU e acompanhava os trabalhos ao mesmo tempo.
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E agora, fotos da visita :
Detalhe do piso de uma das varandas:
Detalhe do trabalho em madeira dos caixilhos:

Abaixo, eu, o Prof. Alexandre e os alunos reconhecendo o terreno e dando aquela passada pelo exterior da casa. A ornamentação externa é muito singela, bem mais sutil que alguns outros exemplos de arquitetura art nouveau, principalemente na Europa.


A clássica foto com a turma , na escadaria de acesso.

O chafariz:E dái em diante vai o registro do passeio pelo interior. As imagens falam por si só, e acho legal cada um tirar as suas conclusões.

Detalhe do piso:

A biblioteca, recém restaurada e reformada. Ficou muito boa.

Vistas do hall e corredores :






Detalhe do gradil:
Sala / corredor compeças de mobiliário (já da época da ocupação pela FAU)
O cabeção!

Detalhe da pintura do hall
E algumas vistas do exterior da casa:


Voltando ao interior, detalhe insano da ornamentação das salas ...
E pra finalizar, a charmosa "tia" que guarda um dos corredores ...
É isso aí. O passeio é curto mais rico e interessantíssimo. O prédio, por ser da USP é público, pode ser visitado, basta se apresentar na portaria e assinar um termo de responsabilidade. É uma bela opção para matar o tempo numa tarde fria em São Paulo.
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Até a próxima !

terça-feira, 2 de junho de 2009

Batendo Perna 3 - Avenida Paulista

A história se repete: Sabadão, dia bonito, acordamos cedo e fomos para a Av. Paulista andar, tomar café da manhã e olhar os prédios, pra variar. Dessa vez não tinhamos yanglins e nenhum compromisso pedagógico, apenas fotografar e falar besteira, porque ficar fazendo mil teorias sobre os prédios que já vimos mais de mil vezes, que eu já estudei no meu doutorado e que está todo mundo careca de conhecer, aí é muita nerdice. Nerdice no sentido pejorativo da palavra. Tipo aquele nerdão que acha que só existe arquitetura, só se pode falar de arquitetura e se você não tem nenhuma frase impactante sobre um edifício você não é nada. Ou, como diria o barriga:


Bom, mas vamos lá. O passeio começa subindo a Avenida Angélica e chegando na praça sabe-se lá o nome, também conhecida como Praça das Tiaras (é, tiara de cabelo mesmo).


Este ponto já fica na Paulista, e atravessando a Consolação, um dos primeiros prédios marcantes é projeto do Abelardo de Souza, um edifício residencial na esquina com a Rua Haddock Lobo.


Logo a seguir um dos edifícios mais importantes e marcantes da cidade de São Paulo, o Conjunto Nacional, que configurou a Avenida Paulista modificando signficativamente o seu perfil, passando de residencial bucólica para dinâmico centro financeiro. Projeto de David Libeskind de 1954. Uma coisa que chamou a atenção e que não tem nada a ver com o conjunto Nacional é a saída da estação do Metrô Consolação, que quando foi feita causou impacto pela sua digamos "extravagância", hoje podemos dizer com certeza que não envelheceu com dignidade, tem sérios problemas de manutenção e já está pedindo outra faz tempo. Tudo bem que as que foram feitas depois também são de doer.


A seguir um dos meus favoritos, o Edifício do Banco Sulamericano, hoje Banco Itaú, projeto do Escritório Técnico Rino Levi muito interessante e que permanece atual com o passar do tempo, diferentemente de outros exemplos na própria Paulista. A escala do prédio é muito interessante com o afastamento da lâmina em função da base criando um espaço aberto voltado para a esquina.



No térreo dos edifícios da Caixa Econômica Federal (Cetenco PLaza), e que atualmente é ocupado em parte por um tribunal federal, existe uma praça interessante voltada para a rua lateral (Ministro Rocha Azevedo). Em função do tribunal fica meio vigiada, não pode tirar fotos e aquela frescura toda. Nos fundos tem o restaurante "meu amor" Spot. Lugar cabecinha para descolados, mas notem a foto em que aparece, digamos assim, a bunda do Spot, não é tão meu amor assim...



Agora um sonho de consumo, este predinho que eu não sei de quem é, e se alguém souber pode falar, aí eu moraria. Fácil.



Em compensação do outro lado da rua ...

A seguir : Masp, vão livre, básico.


Isso é o que podemos chamar de uma grande burrice. Esta rua de pedestres (Alameda Rio Claro) era ótima, ficava entre os prédios e tinha um movimento constante de gente o dia todo. Aí algum cientista resolveu dar uma melhorada no lugar. Parabéns sua anta!


Por falar em antas, ficou ótima a grade na frente da FIESP, útil não?


Agora uma coisa ficou muito legal e para nós foi uma surpresa: customizaram o Maksoud!



Esta eu achei engraçada: O feitiço virou contra o feiticeiro. Todo o discurso sobre o Citibank nos anos 80 e agora me fazem esse trambolho do lado.


Esse é para mim o melhor prédio do Gasperini. Não só na Paulista.


Aqui como diria minha sogra: Ai minha labirintite!!


O Gazetão, antigamente um dos principais cinemas de São Paulo. Aqui cabia reformar e fazer uns cinemas decentes. Gente não falta.
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Daqui começamos a voltar. Passadinha na Fnac e a fome começou a bater....


O Edifício Paulicéia de Jacques Pilon e Giancarlo Gasperini, um dos pucos residenciais da avenida.

Antiga sede do Banco Francês e Brasileiro, hoje também do Itaú.


E pensar que para este terreno teve um projeto do Mies que não foi construído!


E por fim, na volta eu não poderia deixar de marcar um dos meus prediletos. Não sei de quem é, antigamente funcionava o Banco Nacional na esquina da Rua Augusta em frente ao mauzoléu do Banco Safra. Este predinho é daqueles que marcam pela simplicidade e eficiência.

Bom, foi isso aí. Não tem foto com a turma nem muita conversa. Como diz o título, só "Batendo Perna".
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Até a próxima !